HAS Clínica | A dependência em redes sociais e seus impactos

A dependência em redes sociais e seus impactos

A dependência em redes sociais e seus impactos

Ao mesmo tempo que a tecnologia cria produtos fascinantes, que no passado já foram vistos como impossíveis de serem criados, ela pode também causar prejuízos. Hoje em dia, é comum uma família reunida à mesa, na sala de casa ou até mesmo em ambientes públicos, como restaurantes ou bares, com todos usando o celular simultaneamente.

“A comunicação entre pessoas próximas vem piorando, apesar de outras conexões externas estarem mais fáceis. O convívio entre membros da família, também. O desenvolvimento de bebês e crianças já não é o mesmo e atividades físicas que eram comuns no passado, já se tornaram mais raras”, explica o Dr. Marcel Padula Lamas, psiquiatra do centro médico Consulta Aqui.

O vício em redes sociais é identificado quando uma pessoa tem a necessidade de checar e/ou interagir em sites ou aplicativos a todo momento. Quando o acesso às redes como Facebook, Instagram, Twitter ou WhatsApp é impossibilitado por qualquer razão, o indivíduo sente frustração e ansiedade.

Existem diversas questões que levam algumas pessoas a serem mais dependentes que outras, de suas redes sociais ou outros tipos de sites. “Para tal, existem psicoterapias e psicofármacos que podem ser utilizados no tratamento desses pacientes. Em casos mais graves, podem ser necessárias até internações para, de forma semelhante à dependência de drogas, abster o paciente do uso da internet”, diz o Dr. Marcel.

Por outro lado, existem pessoas que são introspectivas e têm mais facilidade de conversar com o auxílio da internet. “Essa forma de comunicação pode ser útil para um melhor desenvolvimento das relações interpessoais, porém, não exclui o fato de que o excesso pode ser danoso”, complementa.

Não existe consenso sobre quanto tempo um adulto pode usar a internet, contudo, para as crianças e adolescentes, o tempo máximo estimado como ideal é em torno de duas horas e não inclui o tempo gasto em atividades como, por exemplo, lições ou trabalhos escolares.

Outro grande problema nesse contexto é a obsessão pelos “likes”. “O indivíduo pode se julgar melhor ou pior, dependendo de quantas pessoas demonstram gostar daquilo que é postado. Muitas vezes, pode se preocupar tanto com isso que se torna obsessivo pela admiração alheia, fazendo coisas para os outros e não para si mesmo”, esclarece o Dr. Lamas.

O autopoliciamento e a interação real com pessoas ao redor, são formas de evitar a dependência da internet. “Caso o indivíduo acredite que irá sofrer muito se ficar um dia inteiro sem internet ou sinta que está tendo prejuízos sociais, familiares ou de qualquer outra área, a melhor forma de lidar com o problema é buscar orientações com um profissional”, alerta o médico do Consulta Aqui. 

Fonte: MCAtrês